terça-feira, 11 de dezembro de 2012

You Should Meet My Son, 2010

Bem, esse filme estava no meu HD há alguns meses. Na procura por uma comédia divertida para assistir após o almoço (tive uma longa tarde improdutiva), acabei retirando esse filme do armário. Bem, quem em conhece sabe que eu não sou muito fã do gênero (que se tornou) os filmes com temática LGBT. Tudo gira em torno da sexualidade. Não que eu ache que a realidade seja diferente, mas não creio que seja assim que se ganha uma guerra de ideologias nas mídias de opinião de massa, que poderíamos usá-las ao nosso favor. Talvez esse seja um dos grandes trunfos de You Should Meet My Son! O filme é baseado numa peça de teatro homônima e tem muitos traços teatrais em seu roteiro, mas nada que atrapalhe a contar uma boa história, exceto por alguns personagens bem caricatos. Mas creio que a proposta do diretor não foi fazer um filme para gays, mas um filme para todos que quiserem assistir, logo a homogeneização dos personagens acabam sendo justificável, embora válida. O clichê existe diversos momentos, mas em outros surpreende (quando descobrimos por exemplo que Jennie Sue, a nova namorada de Brian, sabe que ele é um gay enrustido e apenas quer "salvá-lo"). Em outros momentos, creio que a crítica social em volta do filme já vale, até mesmo se não arrancasse algumas risadas (e arranca). Ele nos faz pensar sobre porque a sociedade pensa em sexo quando pensa em homossexuais e não em sentimentos, nem que seja por uma rápida cena. Pelo menos isso foi o que mais me chamou a atenção e me fez gostar do filme. E aliás, como comecei o texto, é o que mais me afasta dos filmes dessa temática. Cadê os gays da vida real? Cadê o gay que trabalha? Cadê o gay que tem outros problemas senão a auto-aceitação ou algum distúrbio sexual que o faz querer sexo como quem quer água? Bem, conheço poucos filmes que trabalhem dessa forma sua temática.


O roteiro nos presenteia com a história de Brian, filho enrustido de Mae. A jovem senhora, junto com sua irmã Rose, tentam a todo custo arrumar uma namorada para o filho, sem perceber que o colega de quarto que vive com ele é o seu marido. Após inúmeras tentativas e um rompimento dramático de Brian, Mae e Rose descobrem a verdade. Conservadoras que só, elas resolvem procurar formas de terapia de reversão para o menino, porém, acabam descobrindo que amam aquele garoto que criaram do jeito que ele é. Então, é aí que começa a trajetória dessa mãe e tia em busca de um novo namorado para Brian. Seja na internet, seja na boate, elas acabam encontrando todos os tipos de gays (os novos, os mais velhos, os bears, os travestis - dos barraqueiros aos finos e elegantes) e acabam encontrando o parceiro perfeito: Chase, um estudante de artes que faz bico a noite como stripper em uma boate gay. Um sonho bem diferente de nora que Mae tinha, mas tudo se supera até o momento em que Brian aparece em casa apresentando Jennie Sue, uma jovem religiosa, como sua noiva. Isso ao meio de jantar com a presença de todas essas presenças apresentadas anteriores na boate.


Não é um grande filme, nem vai entrar para os anais do cinema. Parece algumas vezes com um especial de fim de ano da Globo feito às pressas. Porém, é um filme bem realizado, corrido, mas bem feito, sobretudo em relação ao roteiro, que soube adaptar bem o teatro para a tela grande. Você ri e se diverte. Com certeza, foi um ponto positivo na minha tarde.


Compartilhe esta postagem.
  • Share to Facebook
  • Share to Twitter
  • Share to Google+
  • Share to Stumble Upon
  • Share to Evernote
  • Share to Blogger
  • Share to Email
  • Share to Yahoo Messenger
  • More...

0 comentários:

Postar um comentário