terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Craigslist Joe, 2012

Há algum tempo atrás eu ouvi falar sobre este documentário, Craigslist Joe e fiquei muito curioso para assistí-lo. Tenho um histórico de amor e ódio com documentários, alguns eu amo e outros eu odeio. Não consigo ver um meio termo. Acho que talvez porque eu goste demais da ficção. Mas curiosamente venho procurando este documentário há algum tempo e nada. Minha curiosidade ficou cada vez mais aguçada, até ontem quando consegui desbloquear o NetFlix americano para uso. Isso mesmo criançada, é possível acessar, daqui do Brasil, todo o catálogo virtual. É óbvio que requer alguns truques virtuais, coisa simples, mas que vale muito a pena, uma vez que o número de lançamentos e de produtos no site é bem maior lá pela América. Craigslist Joe estava lá, na prateleira virtual dos documentários. Não hesitei, apertei o play.
No começo fiquei um pouco surpreso e decepcionado. A proposta do filme é: um homem vai viver 30 dias dependendo da solidariedade das pessoas através do mega site de classificados que dá nome ao filme. Essa premissa é bem interessante se não fosse o fato que Joe não está só. Ao contrário do que eu imaginava, não é uma câmera na mão e uma ideia na cabeça que movem o rapaz. Mas ele é acompanhado por um cameraman, que não sei até que ponto interferiu ou atrapalhou a sua aventura. O documentário seria muito melhor se isso não existisse, se fosse o tempo inteiro em primeira pessoa, Joe nos contando sobre o seu caminho. Ou então a segunda pessoa, no caso do câmera, se relacionando, como um personagem. Mas este não fala nada e incomoda algumas vezes. Sabemos que Joe não está sozinho e não há personalidade por trás daquela figura que o acompanha.
Mas tirando essa crítica o filme consegue prender por 90 minutos, faz chorar e rir. Embora, algumas vezes tudo pareça muito jornalístico e programado. Foram poucas as dificuldades que o rapaz encontrou. E no fundo, não sei se seria tão fácil assim realmente. Sair de casa sem dinheiro e depender da boa vontade dos outros? Difícil.
Mas Joe foi além, ele percorreu por mais de 20 estados americanos, apenas de carona em carona, ficando em casa de pessoas que ofereciam vagas pelo site e se alimentando de coisas que lhe davam. Tudo foi muito fácil e algumas histórias interessantes aconteciam muito rapidamente. Acho que daria para fazer mais do que um filme, que deixou com um gosto de "podia continuar". Acho que essa é uma das melhores críticas que se pode fazer a uma história: queria saber mais.
No fim, a lição que se aprende é previsível: não faça essa loucura as pessoas ainda ajudam uma as outras e compartilham mais do que comida, quartos e caronas, mas compartilham suas vidas uma com as outras. Uma dúvida: será que um filme desses poderia ser feito no Brasil sem antes a equipe ser assaltada e perder a câmera, computador e etc?

(Para quem não fala inglês, eu não sei se já tem alguma versão com legenda, mas busquem aí)


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