quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Quatro Amigas e Um Casamento (The Bachelorette), 2012

Antes de mais nada, gostaria de entender o que tem por trás desse filme. Ele fez um buzz e foi me indicado por uma meia dúzia de pessoas que têm bom gosto para filmes, mas confesso que não entendi o tanto de críticas positivas em cima desse filme. Começo minha crítica com um motivo quase redundante desde que comecei o blog: o título em português. O filme é vendido como uma grande comédia romântica, quando está bem longe desse gênero. Ele tateia pela comédia, mas faz rir poucos momentos. Para mim, a tentativa de fazer um "Se beber não case" de saias não funcionou (se parece tanto que até existe uma forçada de barra no final dando a entender que se fizer sucesso, tem histórias para uma franquia, como em qualquer "comédia do gênero"). Não arrancou risadas e tentou ser inteligente, conseguindo algumas vezes, mas bem na superfície. Só não é pior que em Missão Madrinha de Casamento porque é um filme que apresenta personagens diferentes do clássico estilo hollywoodiano  de protagonistas: elas são completas anti-heroínas. Cheiram, bebem, são infiéis, fazem sexo, são feministas ao extremo (mesmo ainda invejando o casamento - mas o que é que Camille Paglia diz mesmo sobre as novas feministas: elas querem é casar!).
Os atores são excelentes e defendem bem seus personagens, mas tudo se torna exaustivo em um roteiro que é incoerente e vagueia para fora do realismo que se propõe. Sem querer ser chato, mas nada daquilo é real e nem parece pretender ser. Acho que a roteirista, que é nova em sua função (assina o seu primeiro longa), teve uma boa ideia (parecida com outras que deram certo), mas não fez muito bem.


Lembrando que um filme com atores carismáticos, com uma mudança na estrutura da narrativa e personagens anti-padrão machista do cinema não é suficiente para tanto buzz. Não que eu achei um filme ruim, mas tá longe de ser isso que vocês falaram. Bem longe. Um dos destaque nem é a personagem de Kirsten Dunst, que seria a líder do grupo, mas a coadjuvante Lizzy Caplan, cujo personagem é mais identificável, por conta da sua história de relacionamento. Quem nunca ficou daquele jeito antes de ir a um evento onde certamente encontraria uma pessoa do seu passado com a qual ainda sente alguma coisa? Bem... Essa trama é uma das mais interessantes para a história do filme.
Entretenimento com uma salpicada de revolução e conteúdo, mas não faz rir e nem pensar sobre o que se propõe. Mas talvez se eu tivesse baixa expectativa diante do filme, teria gostado mais. Fui com muita sede, vou tentar me controlar da próxima vez.
A história? Bem, estou com preguiça de contar e visita em casa. Veja o trailler, ele é um bom resumo do filme, mesmo que você acredite que vá rir muito ou que vá encontrar a chave da revolução sexista. Não, não vai.

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